PORQUE
E COMO EDUCAR NO PERÍODO DE ISOLAMENTO SOCIAL?
Por Leila Araújo Pereira.
Professora, escritora, poetisa,
pesquisadora, palestrante, especialista em cultura afro-brasileira e indígena.
De acordo com o dicionário
online de português, educação significa: "Ação ou efeito de educar, de
aperfeiçoar as capacidades intelectuais e morais de alguém: educação formal;
educação infantil. Processo em que uma habilidade se desenvolve através de seu
exercício contínuo: educação musical. Capacitação ou formação das novas
gerações de acordo com os ideais culturais de cada povo. Reunião dos métodos e
teorias através das quais, algo é ensinado ou aprendido, relacionado com
pedagogia, didática: teoria da educação. Conhecimento e prática dos hábitos
sociais, boas maneiras, Civilidade. Expressão de gentileza, sutileza,
delicadeza. Amabilidade e polidez na maneira com que se trata alguém, cortesia.
Prática de ensinar adestrando animais domésticos para as atividades que por
eles devem ser praticadas".
A educação influencia na
formação intelectual, social, cultural, emocional, moral e em outros aspectos
positivos no indivíduo. Através da educação, podemos construir uma sociedade
mais igualitária e justa, além disso, o indivíduo torna-se capaz de tomar suas
próprias decisões, torna-se capaz de conviver com diferentes grupos e tem uma
maior oportunidade de adquirir um emprego em que se sinta feliz. Mas a pergunta
é: como adquirir o conhecimento necessário para atingir esses alvos durante
esse longo período de isolamento social.?
Não podemos negar que é um
grande desafio se adaptar e ressignificar. O novo nos causa medo e apreensão, mas é possível desenvolver um trabalho que produza muitos
frutos quando somos investigativos, exploradores. De acordo com o pensamento de
Paulo Freire: “Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino … Enquanto
ensino, continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei,
porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho,
intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e
comunicar ou anunciar a novidade”.
Conforme dito, é uma questão
de adaptação, ressignificação e busca. Esta é uma realidade que foi imposta a
todos nós, quer professores, quer alunos. Assim sendo, durante este período,
precisamos nos reinventar tanto na transmissão, como na aquisição do conhecimento
que se faz tão necessário neste momento. Problemas de conexão, organização com
horários, preocupação com o estímulo e a frequência dos alunos, preparação de
aulas com novos formatos, estão entre as nossas preocupações. Se pararmos para
pensar um pouco, veremos que tais inquietações não diferem muito das
preocupações como a preparação das aulas presenciais.
O uso de ferramentas digitas se
faz mais que necessário neste momento. A sala de aula física não é o único
ambiente de aprendizado. Porém para que tal processo possa ocorrer, se faz
necessário investimentos em recursos tecnológicos, capacitação e valorização do
corpo docente. Professores e alunos se ressignificam, se adaptam se
reinventam, buscam, mas a falta de investimentos financeiros continua a mesma.
Isso nos leva a pensar como será o retorno pós-pandemia.
Sabemos que o retorno não se dará da forma
como conhecemos antes. Vários protocolos e medidas deverão ser adotadas para segurança
de todos. O ambiente escolar é e sempre será de máxima importância para o
desenvolvimento emocional e intelectual dos discentes. E para este retorno, se
faz necessário aplicação de recursos voltados para melhoria na educação que
envolvam não apenas investimentos na parte física da escola, mas também
políticas públicas integradas a saúde, ao social e cultural. Esses
investimentos tornarão a escola mais atraente, participativa e segura,
favorecendo a transformação do aluno.
A escola Pedro Paranhos no município de
Lauro de Freitas, se ressignificou e se adaptou. Através das ferramentas
digitais, reuniões pedagógicas por meio de webconferências, vídeos
informativos, utilização das redes sociais para desenvolver o ócio criativo dos
alunos por meio de atividades lúdicas e de aprendizado, focando na qualidade e
não na produtividade, estão fazendo parte deste novo momento de educar.
Algumas sugestões são dadas para um
melhor aprendizado dos alunos e adaptação dos professores para essa nova rotina
em casa:
PARA OS ALUNOS:
·
Manter
o local de estudo tranquilo, limpo e iluminado.
·
Manter
a rotina de aprendizado.
·
Ter
tempo para o lazer.
·
Não
exigir muito da criança.
·
Focar
na qualidade e não na produtividade.
·
Fazer
brinquedos com o que se tem a mão.
PARA OS PROFESSORES:
·
Adaptação
ao novo.
·
Busca
de novos formatos de ensino.
·
Pesquisas.
·
Organização
com horários.
·
Qualificação
profissional.
·
Participação
nas web conferencias para elaboração de atividades.
O corpo gestor e o corpo docente
em uníssono, tem buscado formas de garantir o aprendizado de qualidade
neste momento de isolamento, ouvindo sugestões, buscando capacitação e novas
modalidades de ensino, fazendo com que o discente se ambiente da melhor forma
possível ao novo e continue a desenvolver sua formação intelectual. Esperamos
que no pós pandemia, possamos dar continuidade as ações que foram iniciadas, em
um ambiente equipado e capacitado para atender as novas demandas que estão por
vir.
“A
função da educação é ensinar a pessoa a pensar intensamente e a pensar
criticamente. Inteligência mais caráter - esse é o objetivo da verdadeira
educação”.
Martin Luther King Jr.
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